Editorial - Denominador comum

Por Portal Opinião Pública 23/01/2025 - 12:32 hs
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As empresas de transporte por aplicativo 99 e Uber estão em pé de guerra com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). E o motivo para as desavenças é o recente lançamento dos serviços de mototáxi pelas duas companhias. Inicialmente, apenas a 99 disponibilizava esse serviço, que passou a ser prestado, nesta quarta-feira (22), também pela Uber. Nunes é contrário a medida e tem tentado, na justiça, barrar a atividade.

De um lado, as empresas alegam que além de oferecerem uma nova forma de transporte para os usuários, capitais de outros estados já se utilizam desta modalidade de transporte sem problemas. Além disso, a Uber – em comunicado enviado ao G1 – citou que julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) pontuou ser inconstitucional que haja a proibição ou restrição do transporte privado individual por algum motorista cadastrado em aplicativo. As duas empresas estão operando, no momento, fora do centro expandido da capital.

Do outro lado, Nunes tem sido um ferrenho crítico do serviço, pontuando a existência de um perigo latente na modalidade, tanto para os motociclistas quanto para os usuários, devido à alta taxa de acidentes com motos em São Paulo. Além disso, o prefeito chegou a baixar um decreto proibindo o serviço e diversas apreensões de motocicletas têm ocorrido pela cidade, quando constatado seu uso como mototáxi.

O ideal é que tanto as empresas quanto Nunes busquem uma solução conjunta para essa situação, chegando a um denominador comum para evitar que esse cabo de guerra siga por muito mais tempo, sem uma legislação que proteja trabalhadores e usuários.